Ipatinga — Casos recentes de intoxicação provocada por bebidas adulteradas reacenderam o alerta para o risco do metanol, substância tóxica e potencialmente letal, utilizada ilegalmente na produção de algumas bebidas alcoólicas falsificadas.
O metanol é um álcool industrial, usado em solventes e combustíveis, que não deve ser ingerido em hipótese alguma. Quando misturado a cachaças, vinhos ou destilados clandestinos, pode causar cegueira, danos neurológicos e até a morte.
Segundo especialistas, a ingestão de apenas 10 ml de metanol puro pode provocar lesões irreversíveis na visão, enquanto doses acima de 30 ml podem ser fatais. Os sintomas iniciais incluem dor de cabeça intensa, náuseas, tontura, visão embaçada e dificuldade para respirar.
A Polícia Civil e órgãos de vigilância sanitária reforçam que o problema é comum em bebidas vendidas sem registro ou sem rótulo, geralmente comercializadas em estabelecimentos clandestinos ou festas informais. Em operações no Vale do Aço, já foram apreendidos galões de cachaça e destilados com sinais de adulteração.
O Ministério da Saúde orienta que consumidores verifiquem sempre se o produto tem rótulo, selo fiscal e procedência confiável. Além disso, bares e distribuidores devem exigir nota fiscal dos fornecedores para evitar a circulação de bebidas adulteradas.
A população deve denunciar casos suspeitos à Vigilância Sanitária ou à Polícia Militar. Para médicos, a informação é a principal forma de prevenção: “Consumir bebidas de origem duvidosa pode custar a vida”, alerta o toxicologista Ricardo Ferreira.



