População reage ao reajuste da passagem para R$ 5,00 no transporte público municipal, em vigor desde abril.
Desde o dia 9 de abril, os moradores de Ipatinga passaram a pagar R$ 5,00 na passagem do transporte coletivo urbano. O reajuste, autorizado pela Prefeitura Municipal, foi recebido com forte insatisfação pela população, especialmente por trabalhadores e estudantes que utilizam o serviço diariamente.
A empresa responsável pelo transporte alegou que o aumento foi necessário devido à elevação dos custos operacionais, como combustível, peças e manutenção dos ônibus. Além disso, citou perdas acumuladas durante o período da pandemia como parte dos motivos do novo cálculo tarifário.
No entanto, a justificativa não convenceu os usuários. Nas redes sociais e em pontos de ônibus, as críticas foram intensas. Muitos relataram que os veículos continuam lotados, sem ar-condicionado e com atrasos constantes. “Pagar cinco reais para andar apertado e esperar 40 minutos não é justo”, comentou Jéssica Carvalho, moradora do bairro Vila Ipanema.
Para quem depende de múltiplas conduções por dia, o impacto no bolso é ainda maior. “Gasto mais de R$ 300 por mês só com passagem, é mais do que a minha conta de luz”, afirmou Marcos Tavares, auxiliar de serviços gerais.
Organizações estudantis e movimentos sociais marcaram um protesto para o centro da cidade no fim de semana seguinte ao aumento. Segundo os organizadores, o objetivo é pressionar o Executivo por uma revisão da tarifa e melhorias no serviço.
A Prefeitura, por sua vez, afirma que o reajuste foi inevitável e está dentro da média estadual. Ainda segundo nota oficial, “há previsão de novos investimentos em frota e tecnologia de monitoramento dos ônibus nos próximos meses”.
Enquanto isso, os ipatinguenses seguem contando os centavos para garantir o direito básico de ir e vir, na esperança de que o transporte público da cidade se torne, de fato, mais eficiente e justo.